Você quer morrer?

Não!
Muitos que me conhecem ou pensam que sim, acreditam que eu quero morrer.
Enganam se , não quero morrer. Só não tenho mais vontade de viver.
Quero ver minha filha se tornar adulta, publicar sua primeira e muitas outras obras, ter filhos talvez. Quero ser avó.
Mas não tenho mais vontade de viver, qual a diferença, não sei ainda.
Mas, não tenho vontades.
Se estiver Sol, se chover, se ficar em casa, se sair... whatever.
Dou risada, faço piadas, pareço me divertir, mas tudo é cinza e sem cor.
Whatever...
Por mim ficaríamos o resto dos dias na terra sentadas na frente da TV assistindo séries e filmes e comendo sucrilhos.

Parabéns

Meu aniversário está chegando, mas me diga, como posso comemorar?
Como vou cantar parabéns?
O que devo comemorar?
Dirão:
_Não seja ingrata, você tem saúde e sua filha, agradeça.
Mas eu só penso em: FODASSE, NÃO ME ENCHE O SACO.
Quero você aqui comigo, você me entende e me escuta. Você me ama sem dúvidas ou necessidade.
Preciso de você. Não sei caminhar sozinha.
Preciso de você mãe.

Exausta

Estou tão cansada.
Mas é um cansaço estranho, que incomoda, atrapalha e irrita.
Cansada de lutar contra a dor e sofrimento.
Cansada de brigar comigo mesmo para levantar todos os dias, respirar fundo e seguir vivendo.
Cansada de pensar nos porquês que nunca encontro resposta.
Cansada de tentar voltar ao normal ou suposta normalidade, a qual talvez nunca existira ou hoje existe.
Cansada de me sentir culpada por tudo e todos.
Cansada...
Apenas cansada.

Ser filha...

Até o vigésimo dia de agosto do ano de dois mil e dezoito eu era:
Mulher
Mãe
Professora
Irmã
Madrinha
Tia
Cunhada
Amiga
Filha
A partir do vigésimo primeiro dia de agosto perdi o cargo de Filha e hoje, após setenta e cinco dias aproximadamente, este é o cargo que sinto falta.
Sinto falta de ser filha, mas não dê qualquer mãe. Sinto falta de ser filha da Dona TOSCA a mulher mais incrível que já conheci.

Te amo mãe.

A mágica acabou

Existia uma mágica aqui em casa que todas pessoas gostaria que existissem nas suas casas.
Explicarei!
Toda vez que o sabonete acabava, misteriosamente apare ca outro novo no lugar.
Acabavam os cotonetes e pote vazio de repente -  Puf! - lá vinha a mágica de novo. O pote estava cheio.
E o mesmo ocorria com o papel higiênico, a pasta de dente, a comida nos armários.  Até mesmo as roupas, elas apareciam limpas nas nossas camas, as vezes estavam até dobradas.
Mas a mágica acabou.
Hoje os sabonetes terminam, o pote de cotonete esvazia, as roupas sujam e nada acontece.
A mágica acabou.
A minha mágica acabou.
O nome dela era TOSCA, mas eu a chamava de MÃE.